PAGAMENTOS POR MBWAY! SAIBA MAIS.
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A nossa roupa está a beber muita água!

A água é a base da vida. A base. De toda a vida do planeta.

No entanto, esse bem verdadeiramente essencial à sobrevivência de todas as nossas espécies está hoje sob extrema ameaça.

Seja em razão do crescimento populacional, das crescentes demandas da agricultura e da indústria ou do agravamento da crise climática, o que é certo é que os suprimentos globais de água doce estão a ser usados ​em um ritmo alarmante. E, para dar resposta a todas essas demandas, a verdade é que estamos a desconsiderar as potenciais consequências desse descontrole: se a água é fundamental para as pessoas, a saúde, a cultura, a educação, a economia e para a integridade de todo o nosso ambiente natural, convém saber que, de acordo com a ONU, se não fizermos nada hoje, em 2050 haverá entre 3,5 e 4,4 mil milhões de pessoas no planeta a viver com acesso limitado à água.

Os nossos roupeiros escondem outro dado inquietante: a indústria da moda é a terceira maior usuária de água do mundo (atrás apenas das indústrias do petróleo e do papel). Estima-se que a moda consome cerca de 80 mil milhões de metros cúbicos de água por ano, o que representa 2% de toda a extração de água doce global e 10% da água usada por todos os tipos de indústria. Valor que, no ritmo atual da fast fashion, deve dobrar até 2030.

O problema é que a moda gasta água em quase todas as etapas do seu ciclo de vida:

Para o cultivo de apenas 1 quilo de algodão, que representa 90% de todas as fibras naturais utilizadas em roupas e é usado em um terço de todos os têxteis produzidos anualmente, são necessários em média 10.000 litros de água. O acabamento e o tingimento convencional de 1 quilo de fibras cruas requer de 100 a 150 litros de água.

O gasto médio de água para o fabrico de uma única t-shirt é de 2700 litros, que é a quantidade que um ser humano consome em três anos! Na soma, a indústria fashion sozinha tem utilizado água suficiente para matar a sede de 110 milhões de pessoas durante um ano inteiro. Isso tudo, é claro, sem falar nas posteriores lavagens da roupa pelo consumidor, que consomem aproximadamente 150 litros de água por ciclo.

E não é tudo: o uso de pesticidas e outros químicos na cultura do algodão, assim como os produtos todos usados no tingimento dos têxteis são altamente poluentes aos sistemas hídricos, já que essas águas se transformam em efluentes tóxicos.

Uma parte da solução está no uso de algodão orgânico; outra, em tecnologias que eliminem o uso da água no tingimento e processamento de têxteis. Mas isso só não basta: precisamos urgentemente travar a produção excessiva de moda e o consequente descarte prematuro de roupas. É muita água desperdiçada em peças que vão durar pouco tempo ou serão figurativa e talvez literalmente queimadas nos estoques das lojas.

Temos de cobrar das nossas marcas favoritas medidas para reduzir a sua pegada hídrica. Temos de exigir o uso de algodão produzido de forma sustentável. Temos de cobrar melhores escolhas em termos de processos e parcerias. E, não é demais, temos de pedir que a indústria fashion responsabilize-se pela educação e conscientização dos consumidores sobre o uso de água e energia.

Somente a voz do consumidor terá o impacto necessário para mudar essa história.

Vamos plantar essa semente! 🌱

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