A autoestima de uma criança é formada através de um processo de assimilação e interiorização que se inicia desde o seu nascimento, mas pode se modificar ao longo da vida. Os pais e a família têm um papel fundamental nesse processo, ao educar, orientar e ensinar os miúdos a se amarem e aceitarem. Uma boa autoestima proporciona à criança efeitos positivos como a autoconfiança, o ânimo, o interesse e o prazer em aprender e realizar sonhos. E uma criança que se ama e está confiante na sua forma de estar será sempre aceita no seu meio.
Embora a sua construção se inicie desde o nascimento, por meio do afeto e da atenção dos pais e cuidadores, é na infância e sobretudo na adolescência que ela se aprofunda – mais ou menos, de acordo com as experiências pessoais e sociais de cada um. Afinal, essa é uma fase de muitas vulnerabilidades, na qual damos muito valor à imagem que os outros têm de nós.
Infelizmente, a baixa autoestima também se manifesta nas crianças e o problema pode se agravar na adolescência. Muitas vezes os miúdos se enxergam feios, incapazes, solitários. Nada disso combina com a alegria e espontaneidade típicas das crianças, mas a verdade é que esse quadro é muito comum. E como os efeitos a longo prazo de uma baixa autoestima podem ser mesmo devastadores, os nossos filhos merecem todos os nossos esforços para elevar o seu amor próprio e confiança.
Como melhorar a autoestima dos nossos filhos
Cada criança é única, e a construção da sua autoestima também depende de fatores como o temperamento, as habilidades, debilidades, seus mecanismos de defesa, desejos e o seu nível cognitivo.
Mas há alguns passos simples que todos podemos seguir para colaborar na formação de uma boa autoestima em nossos filhos:
- Impor limites claros mostra-lhes que todas as condutas têm consequências, possibilita-lhes prever as consequências das suas ações e ensina-os que têm mesmo de lidar com essas consequências. Isso torna-os mais resilientes.
- Ensinar a criança a resolver os seus próprios problemas e a aprender com os seus erros prepara-os para superar as adversidades de uma forma mais positiva. Convertendo erros em aprendizado, ela sabe que será mais bem sucedida se fizer mais esforço.
- Comentários negativos em relação à criança e críticas que nada constroem fragilizam a autoestima e devem ser abandonados. É importante ficar claro que o problema é a atitude, e não a criança. Por exemplo, ao invés de chamar o seu filho de bagunceiro, pode dizer apenas que não gosta de ver o seu quarto desarrumado.
- Criar regras e compromissos e exigir o seu cumprimento pela criança, de maneira positiva e num clima de participação e interação, incentiva o desenvolvimento das suas responsabilidades.
- Dar oportunidades à criança de tomar decisões e resolver problemas, pessoais ou no âmbito familiar, aumenta muito a sua autoconfiança.
- O reforço positivo pelas condutas de autonomia da criança também lhe mostra que está no bom caminho. Lembre-se de comentar quando o seu filho se vestir sozinho (mesmo que não aprove a escolha), agradeça quando levar a loiça para a cozinha, celebre os seus esforços quando tiver boas notas. Ser reconhecido como um ser autônomo e competente terá sempre um impacto positivo na sua autoestima.
E como a roupa pode influenciar a autoestima da criança?
Qualquer um de nós se sente mais confiante quando veste uma roupa bonita, de qualidade, que nos cai bem e nos deixa confortáveis. Com os miúdos também é assim! A roupa certa tem o poder de elevar a autoestima da criança ou adolescente e faz com que se sintam bonitos e à vontade para serem quem são.
Uma criança que tem de vestir roupas que só agradam aos pais, que não têm nada a ver com a sua personalidade ou com aquilo que quer transmitir ao seu grupo, está sempre a reclamar e a se recusar. E, quando é realmente forçada a vestir aquela peça, sente-se infeliz e envergonhada.
A verdade é que a roupa certa pode mesmo valorizar os pontos fortes das crianças.
Basta olhar ao redor para ver miúdos com as mais diversas características. Há crianças negras, brancas, orientais, ruivas… Há os mais magrinhos e os mais cheinhos, os altos e os mais baixinhos… Há aquelas com problemas motores, mentais, visuais ou auditivos…. Todas elas são capazes de formar uma excelente autoestima se receberem os estímulos certos, mas as roupas que vestem – sejam novas ou em segunda mão, baratas ou caras – também podem valorizar os seus pontos fortes e acabam por impactar na sua autoconfiança.
O estilo das roupas tem de traduzir a personalidade e identidade da criança. Ela deve vestir aquilo que gosta e o que é. Assim como os rapazes desportistas adoram roupas mais confortáveis e as meninas que curtem princesas amam o cor-de-rosa, os laços e aplicações, há uma infinidade de estilos que podem representar a multidiversidade de personalidades dos nossos miúdos.
É apenas genuíno e saudável que a própria criança vá definindo o seu estilo, e quando os pais desvalorizam, reprimem, proíbem ou ridicularizam as suas escolhas, estão a contribuir fortemente para o desenvolvimento de uma baixa autoestima.
Respeitar o estilo dos nossos filhos é parte de amá-los e aceitá-los como são. E vesti-los bem, escolhendo roupas de qualidade, duráveis e que representem quem eles são (sempre dentro das nossas possibilidades financeiras, claro) ensina-os a ter autocuidado, tanto em relação à sua imagem como à sua identidade.
Não podemos anular a personalidade da criança. Podemos orientar e dar suporte nas suas escolhas, mas se um miúdo se sente melhor em roupas desportivas e uma rapariga prefere um look mais descolado, obrigá-los a vestir golas e babados só vai criar frustração e torná-los inseguros em relação às suas capacidades.
Na primeira infância, as crianças tendem a ser vestidas conforme o gosto dos pais, muitas vezes até vemos dois ou três irmãos vestidos de igual. Mas ao longo do tempo é normal que elas comecem a revelar os próprios gostos e estilos, e respeitá-los é fundamental para consolidar a sua autonomia.
Portanto, não compare os seus filhos com outras crianças que lhe pareçam “mais arrumadas” nem muito menos os faça se esconder em roupas que não gostam em razão do seu peso ou atributos físicos. Essas são duas coisas que podem minar por completo a sua autoestima.
A criança que tem a liberdade de ser quem é e de expressar-se será sempre mais segura, confiante e feliz. E isso é o que basta para deixá-la linda!
Mostre aos seus filhos os estilos aqui da Planta! Menino ou menina, mais moderno ou mais discreto, com certeza haverá muitas peças que representem a sua personalidade!